A obsessão se caracteriza pela ação de espíritos
desencarnados inferiores na vida de muitas pessoas. É inimaginável
a ação deletéria, nociva que esses espíritos
não esclarecidos das trevas exercem na vida dos encarnados,
pois se aproveitam de sua invisibilidade (a maioria das pessoas não
os vê, com exceção dos médiuns clarividentes)
para prejudicar sua vítima. Em artigos anteriores, expliquei
que 95% dos pacientes que vêm ao meu consultório estão
obsedados, isto é, a causa de seus problemas é proveniente
de um fator externo, interferência de um espírito obsessor.
Somente 5% não tem nenhuma influenciação espiritual
e a causa de seus problemas é proveniente de um fator interno:
psicológico, emocional, de experiências traumáticas
dessa vida (infância, nascimento, útero materno) ou de
um passado mais longínquo (vidas passadas).
Apesar desse percentual elevado de
pacientes apresentar uma interferência espiritual como causa
de seus problemas, a obsessão espiritual, como uma enfermidade
da alma, ainda é ignorada pela ciência médica
e psicológica. Em vista disso, muitos pacientes com perturbações
mentais, ou mesmo doenças orgânicas, cuja causa não
é encontrada pela medicina oficial, podem estar sofrendo de
uma obsessão espíritica, sendo assediados, portanto,
por Espíritos inferiores.
Desta forma, sintomas clínicos tais como visões, calafrios
(acompanhados ou não de febres), tristezas e angústias
sem motivo aparente, podem ter como causa uma interferência
de um espírito obsessor.
Muitos transtornos psíquicos,
rotulados pela psicologia e psiquiatria de TOC (transtorno obsessivo
compulsivo - as chamadas manias), transtorno afetivo bipolar que se
caracteriza pela instabilidade de humor (oscilação de
humor que muda da depressão à euforia ou vice-versa),
síndrome do pânico (taquicardia, sudorese, asfixia, tontura,
sensação de morte) depressão, esquizofrenia (visões,
raciocínio distorcido, confusão mental, catatonia),
personalidades múltiplas, em verdade, tais doenças são
efeitos da obsessão espirítica.
Entretanto, há que se fazer
uma diferenciação entre um distúrbio espiritual
(ou mediúnico) e um distúrbio psiquiátrico propriamente
dito. No último caso, é óbvio que a terapia medicamentosa
(antidepressivos e ansioliticos) é imprescindível no
tratamento.
Mas, se o problema do paciente tem uma origem espiritual, os remédios
não irão surtir efeito, serão inócuos.
Explica o porquê de muitos pacientes com “problemas psicológicos”
se arrastarem por anos a fio sem se curar. Se por um lado, a obsessão
espiritual como uma enfermidade da alma é ignorada pela ciência
materialista - que tem uma visão puramente organicista, biológica
do ser humano -, não o vendo como um ser espiritual, por outro,
a Igreja, por séculos, sempre considerou (e ainda considera)
o fenômeno da obsessão espiritual como obra do “demônio”
e não de espíritos, contribuindo para mistificar ou
mesmo atemorizar os menos esclarecidos. Quantos não foram no
passado queimados na fogueira injustamente pelo tribunal da inquisição
da Igreja Católica por atos de “bruxaria” e “possessão
demoníaca”?
Em verdade, muitas dessas pessoas
eram médiuns, pessoas sensíveis que tinham clariaudiência,
clarividência, premonições e, por conta dessa
sensibilidade mais apurada, sofriam tanto influenciações
positivas (espíritos de luz) como negativas (espíritos
das trevas). Desta forma, até nos dias atuais a prática
do exorcismo, criada pela Igreja para expulsar “os demônios”,
está em vigor. Há tempos, o filme “O Exorcista”
foi sucesso de bilheteria por explorar o sobrenatural. Não
obstante, em nada esclareceu a respeito do mundo espiritual. Pelo
contrário, só veio a reforçar o temor desse assunto
no imaginário popular. Quero esclarecer, a bem da verdade,
que obsessores não são demônios, até porque
demônios não existem. O que existe são seres humanos
como nós - desencarnados - dotados de razão e sentimentos,
que sofrem e precisam de ajuda tanto quanto o obsedado (o ser humano
encarnado).
Certa ocasião, um paciente
veio ao meu consultório por escutar um zumbido ininterrupto.
Fizera todos os exames necessários (teste audiométrico,
ressonância magnética), passara por vários médicos
especialistas, mas não encontrara nenhuma anormalidade.
Ao regredir, sua esposa, que estava assistindo à sessão
de regressão (era médium de incorporação),
incorporou vários (no total de seis) espíritos obsessores
– desafetos do marido em vidas passadas.
Todos, juntos, se uniram para prejudicá-lo. Um deles me disse:
“Doutor, o senhor não
conhece, não sabe quem é esse homem que está
deitado nesse divã. Se o conhecesse melhor, nem iria ajudá-lo
mais. Ele tirou a minha vida, a minha esposa e o meu dinheiro numa
vida passada. Por isso, eu o odeio! (gritou chorando). Nunca vou
deixá-lo em paz!”.
Perguntei-lhe se era ele que estava
produzindo aquele zumbido no ouvido do paciente?
- O que o senhor acha? – Respondeu-me
gargalhando.
Posteriormente, o mentor espiritual
(ser de luz diretamente responsável pela evolução
espiritual do paciente) lhe esclareceu que esse espírito obsessor
era quem estava lhe prejudicando, introduzindo em seu corpo espiritual
(perispírito) um “objeto”, um artefato fluídico,
imaterial, portanto, não visível aos olhos dos encarnados,
que nenhum aparelho terreno é capaz de detectar. Era esse artefato
que estava provocando no paciente esse zumbido ininterrupto.
No livro “A luz do consolador”,
a autora Yvonne Pereira diz:
“Os obsessores são,
sim, grandes sofredores. Padeceram, quando encarnados, injúrias,
humilhações. Muitos foram vitimas de crimes, mas são
também passíveis de nos respeitar e estimar se soubermos
compreendê-los e conquistá-los através do amor”.
Portanto, é um grande equívoco,
na prática do exorcismo e seus rituais, ameaçar essas
entidades espirituais, rotuladas de “demônios”,
querendo expulsá-las na vida do obsediado. Em verdade, a causa
da obsessão está em erros cometidos pelo paciente em
relação ao seu obsessor numa vida passada. Desta forma,
a cura da obsessão só é possível através
do perdão, da reconciliação entre obsessor e
obsedado. É fundamental também a oração
por parte do paciente (obsedado) para que possa haver o rompimento
dos laços do passado que os une. Leia o caso de uma paciente
que veio ao meu consultório pelo fato de sua vida estar emperrada,
truncada - sempre acontecia algo para frustrar seus projetos de vida.
Caso Clínico:
Vida Bloqueada
Mulher de 30 anos, divorciada.
Veio ao meu consultório querendo entender o porquê de
sua vida estar emperrada, truncada. Sentia-se bastante frustrada e
infeliz porque os seus projetos de vida não se concretizavam;
sempre acontecia alguma coisa para não dar certo. Portanto,
sentia que algo estava atrapalhando, bloqueando a sua vida, principalmente
em seu aspecto financeiro. Apesar de ganhar bem, não entendia
porque costumava ter prejuízos (perdeu três imóveis
para saldar dívidas). No aspecto afetivo, se separou do marido
e se envolveu posteriormente com um homem; após constantes
agressões físicas de ambas as partes, acabou se separando
dele também.
Sofreu um acidente grave ao dirigir o seu carro. Um caminhão
a fechou e, com isso, acabou colidindo de frente com um poste, quase
perdendo a visão. Teve também várias quedas -
sem um motivo aparente -, sempre ferindo a cabeça.
Após o relaxamento, a paciente
me disse:
“Sinto algo entrando pela
palma das minhas mãos e pela sola dos meus pés. É
como se um fluído, algo gasoso, entrasse pelas extremidades
de meu corpo (na verdade, esse ‘algo gasoso, fluídico’
a que a paciente estava se referindo eram entidades espirituais
obsessoras que queriam incorporar nela).
Não vejo nada, mas sinto que são criaturas irritadas
que não vão permitir que eu veja nada na regressão
de hoje (é frequente nas sessões de regressão,
entidades obsessoras das trevas - para se vingarem do paciente que
numa vida passada os prejudicou -, sabotarem o tratamento, não
deixando o paciente se concentrar para regredir).
Eles estão me falando que esse tratamento não vai
dar certo, que não vou conseguir regredir. Falam para eu
me levantar do divã e ir embora”...
- Pergunte-lhes o que eles querem
de você – peço à paciente.
“Veio na minha mente a frase:
‘Vamos acabar com você!’ (é comum o paciente
em pensamento se comunicar com entidades de luz; ou das trevas –
os obsessores).
- Pergunte a essas entidades espirituais
o que você fez para eles no passado – peço à
paciente.
“Eles dizem que eu numa vida
passada os prejudiquei roubando suas terras, casas; houve até
mortes. Por isso eles querem se vingar de mim. Na verdade, eles
dizem que eu tinha uma ganância desmedida, e que eu tirei
a terra de muitas pessoas, não só deles.
Falam que não vão me perdoar porque todos não
tiveram onde morar e acabaram morrendo na miséria”.
- Em quantos eles são? –
Pergunto novamente à paciente.
“São várias
famílias: homens, mulheres e crianças. Estão
todos reunidos, com muito ódio de mim. Estão falando
que eu nunca vou conseguir nada na minha vida, nem esse tratamento
(Terapia Regressiva Evolutiva) irá dar certo.(pausa).
Esclareço-lhes de não me lembrar que os prejudiquei
no passado (ao reencarnar, o ser humano esquece temporariamente
suas vidas passadas, pois o nosso planeta é constituído
de um campo vibracional de forte magnetismo que nos impede de recordar
as vidas passadas)”.
- Pergunte-lhes há quanto tempo
eles estão nas trevas, na escuridão?
“Há muito tempo. Falam
que já tentaram tirar a minha vida várias vezes na
existência atual (aqui explica o porquê de a paciente
ter sofrido aquele acidente de carro e várias quedas). Acho
que eu era homem nessa vida passada... (embora a mente racional
do ego do paciente não recorde, sua alma, seu espírito
sabe, tem lembranças de seu passado intuitivamente). Parece
que eu andava a cavalo, era um homem ruim, forte, tinha muitas terras
e sempre queria mais. É uma época bem antiga, antes
do período medieval (pausa). Eu peço desculpas, peço
que eles me perdoem pelo mal que lhes fiz. Por favor, me perdoem!
(paciente chora copiosamente)”.
- Peça para que eles olhem
para o seu corpo deitado aqui no divã e pergunte-lhes se você
é o mesmo homem que lhes prejudicou naquela vida passada? (pausa).
“Dr. Osvaldo, eles me olharam
e estão desconcertados, pois não perceberam esse tempo
todo que eu não sou mais aquele homem, mas uma mulher”.
- Fale para eles que você já
morreu e reencarnou várias vezes depois daquela vida passada
em que era homem. Diga-lhes que estão perdendo o tempo e que
o caminho natural do ser humano é evoluir e não ficar
estacionado. Pergunte-lhes se querem receber ajuda para sair desse
lugar escuro, frio, triste e conhecer um lugar de luz (plano espiritual
de luz) onde serão cuidados, amparados e esclarecidos em relação
às suas vidas? Se aceitarem, os espíritos de luz irão
tirá-los desse lugar. (pausa)
“Vejo agora em volta deles
que está ficando tudo claro... São os espíritos
de luz. Eles aceitaram ajuda, estão indo embora”.
- Veja para onde eles estão
indo - peço à paciente.
“Estão todos juntos,
enfileirados, se afastando, sendo amparados pelos espíritos
de luz, subindo em direção a uma luz maior. Os últimos
estão passando, olhando ainda o meu corpo, atônitos
(pausa). Todos foram embora.
Vejo agora um olho azul feminino...
É a minha mentora espiritual. Ela transmite muito amor, paz,
serenidade.
Sinto que estou num lugar bem iluminado. É um local que pertence
aos seres iluminados. Embora não os veja, nem a mim mesma
(paciente está nesse lugar em espírito), sinto a presença
deles. Vem uma sensação muito agradável, um
bem estar. Dá vontade de dançar, sinto uma alegria
muito grande. Esse lugar emana uma vibração, uma energia
maravilhosa, que nunca senti na vida atual”.
- Perceba o que sua mentora tem a
lhe dizer...
“Ela me diz para eu seguir
em frente, que estou no caminho certo”. Sinto uma emoção
indescritível, pois sei que não estou sozinha e que
nunca estive, é muito bom! (paciente chora emocionada)”.
- Você gostaria de fazer alguma
pergunta à sua mentora?
“Eu só queria agradecer
a todos esses seres de luz por esse momento tão sublime,
pois me mostraram que eu nunca estive sozinha, desamparada”.
- Pergunte então à
sua mentora se ela teria algo a lhe dizer em relação
à sua vida estar bloqueada.
“Ela me diz que, pelo
fato de todas aquelas entidades espirituais terem se libertado das
trevas, daqui para frente a minha vida irá dar certo. Mas
pede para eu não me afastar deles, da proteção
deles. Diz que eu não posso ver a vida só pelo lado
material, e que eu preciso também cuidar do lado espiritual,
não me descuidar desse lado (pausa). Está tudo muito
tranqüilo, em paz...
Nesse lugar em que estou, sinto que são muitos os seres de
luz, estão todos vibrando, emanando energia para mim.
A minha mentora está finalizando, pede para eu voltar tranqüila
para casa”
(A paciente - de Porto Alegre - estava hospedada num hotel em São
Paulo. Há um mês estava em tratamento, passando comigo
pela Terapia Regressiva Evolutiva em meu consultório).