Uma nova postura da medicina frente
aos desafios da espiritualidade.
A obsessão espiritual como doença da alma, já
é reconhecida pela Medicina.
Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na
qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada
nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão
cartesiana, puramente organicista do ser e, com isso, não levava
em consideração a existência da alma, do espírito.
No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos.
Essa informação, pois desde 1998, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como
uma das definições de saúde, ao lado do aspecto
físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde
como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico
e social do ser humano e desconsiderava o bem estar espiritual, isto
é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão
reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em
sua totalidade: mente, corpo e espírito.
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde
como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico,
psicológico e espiritual.
Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser
conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que
é um item do CID - O Código Internacional de Doenças
- que permite o diagnóstico da interferência espiritual
Obsessora.
O CID 10, item F.44.3 - Define estado de transe e possessão
como a perda transitória da identidade com manutenção
de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção
entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação
ou atuação dos espíritos, dos que são
patológicos, provocados por doença.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os
cultos religiosos e sessões mediúnicas não são
considerados doença.
Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que
pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos -nesse
caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico
ou o que popularmente se chama de loucura- bem como na interferência
de um ser desencarnado , a Obsessão espiritual. Portanto, a
Psiquiatria já faz a distinção entre o estado
de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou
doentios.
O manual de estatística de desordens mentais da Associação
Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve
tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como
alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas
comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de
pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação
ou loucura.
Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira,
médico, coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina
e Espiritualidade.
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou
o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação
nas sessões espíritas. Na prática, embora o Código
Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo,
lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos
rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos
como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo
resto de suas vidas.
Em minha prática clínica, (também praticada por
Ian Stevenson) a grande maioria dos pacientes, são rotulados
pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes
(clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência),
na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico
e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico.
(Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que
tivermos uma Medicina que leva em consideração o ser
integral).
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma,
merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos
melhorar a qualidade de vida do enfermo.
Muita Paz
Fonte: www.ceecal.com.br - Ceecal
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