“O
espírita é reconhecido pelo esforço que faz para
sua transformação moral
e para vencer suas tendências para o mal.”
– Allan
Kardec
O verdadeiro espírita é
aquele que aceita os princípios básicos da Doutrina Espírita.
Quando se pergunta ao praticante: Você é espírita?
Comumente ele responde: “Estou tentando”. Na verdade, a
resposta deveria ser sem hesitação: Sou espírita!!!
Quanto ao fato de ser perfeito ou qualquer qualificação
moral é outro assunto, que não exime o profitente de ser
incisivo na sua resposta. Nesse ponto, o praticante não tem que
hesitar na sua definição, porquanto Allan Kardec foi claro
no seu esclarecimento ao afirmar que se reconhece o espírita
pelo seu esforço, pela sua transformação, e não
pelas suas virtudes ou pretensas qualidades, raras nos habitantes deste
Planeta.
O que acontece com freqüência,
seja iniciante ou mesmo com os mais antigos, é que, será
mais cômodo não assumir uma postura mais responsável
ou permanecer com um pé na canoa e outro na terra. Admite-se
até, em determinadas ocasiões que se queira dar uma demonstração
de modéstia, mas, que não se justifica sob o ponto de
vista de definição pessoal.
A propósito, lembro-me de ter
ouvido em uma emissora de rádio da Capital um pronunciamento
de um padre católico, ao referir-se aos católicos, que
freqüentam os Centros Espíritas para os habituais Passes
e a “aguinha fluidificada” e passam a vida sem ter a mínima
noção do que representa o Passe e a água. Para
esses meio-cá-meio-lá, o mencionado reverendo denominou-se
de “catóritas”.
Engraçado, não!?
Como chamar os espíritas que
se dedicam aos trabalhos nos Centros Espíritas, mas que continuam
batizando os filhos, sob o pretexto de que quando maiores escolherão
sua própria religião, casam os filhos na Igreja com as
pompas e as cerimônias habituais, fazem a Primeira Comunhão
com as tradições da Igreja Católica, etc?
Quando os Centros Espíritas se organizarem verdadeiramente, proporcionando
aos seus freqüentadores, além do Passe e da Água
Fluidificada, a orientação doutrinária, para maior
compreensão dos princípios básicos que devem nortear
o aprendiz e os trabalhadores na Seara Espírita, certamente,
o verdadeiro espírita terá uma nova postura na sociedade,
mais convincente, porque passará a distinguir o que é
ser espírita, segundo a analogia explicitada por Allan Kardec
nas obras básicas organizadas pelo codificador sob a orientação
dos Benfeitores Espirituais.
“Solidários, seremos
união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos,
alcançaremos a realização de nossos propósitos.”
– Bezerra de Menezes
Fonte: Publicado no Jornal A
Voz do Espírito - Edição 92: Dezembro de 1998
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