Ninguém conseguirá
conquistar a segurança, sem se dispor a enfrentar e vencer
as tempestades do caminho de quem planeja alcançar a elevação
espiritual.
Não vale o simples desejo de crescimento
sem o devido esforço em conquistá-lo, pois, as rogativas
do indivíduo, sem o suor do trabalho árduo na construção
de dias melhores, em aproveitamento das sublimes oportunidades do
testemunho comum a qualquer mortal, não encontram resposta.
É comum o indivíduo, esquivar-se com
desculpas de variada ordem, justificando sua fuga das provas que
a vida lhe impõe como exigência para alcançar
os altos patamares conquistados por todos aqueles que se dispuseram
ao testemunho dos sacrifícios em direção ao
equilíbrio do Ser com as Leis que regem seus destinos na
Terra.
Despreparado para o desafio a enfrentar, acredita-se
perseguido e esquecido pelos Espíritos Superiores e até
mesmo por Deus, entrando em profundo estado de desânimo e
descrença, entregando-se ao desequilíbrio e caindo
nos despenhadeiros dos vícios, dos crimes da miséria
e da desgraça em processos obsessivos de conseqüências
imprevisíveis.
Não aceitam a idéia de que a tempestade
é passageira e possui certas funções regeneradoras
e educativas que é imprescindível não menosprezar,
e que ao contrário, precisa saber tirar delas as melhores
lições que lhes servirão de experiências
proveitosas para o porvir.
Somente à medida que vai se esclarecendo
em busca da verdade, é que se convencerá e buscará
se credenciar a compreender melhor os benefícios que os obstáculos
e sofrimentos vencidos em sua jornada representarão em forma
de lições preciosos que o indivíduo consciente
não mais esquecerá. Como alcançar a sublimação
sem a bênção das experiências da estrada
percorrida? Como resolver e prover os recursos impostos ao ser imortal
pelas necessidades? Todos temos deveres para conosco, para com Deus
e para com a vida.
“O dever é o mais belo laurel da
razão; descende desta como de sua mãe o filho. O
homem tem de amar o dever, não porque preserve de males
a vida, males aos quais a Humanidade não pode subtrair-se,
mas porque confere à alma o vigor necessário ao
seu desenvolvimento.
O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos
estágios superiores da Humanidade. Jamais cessa a obrigação
moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes
do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque
quer que a beleza da sua obra resplandeça a seus próprios
olhos.
- Lázaro. Paris, 1863.” ¹
As dificuldades e lutas impostas ao Ser em
busca da perfeição e da felicidade, são as
exigências solicitadas a todos que desejarem seguir os caminhos
traçados pelo Cristo para a implantação do
Evangelho no coração dos seres humanos, colaborando
dessa forma para a concretização dos mais sagrados
objetivos da vida.
Bibliografia:
1) Kardec, Allan – O Evangelho
Segundo o Espiritismo – FEB,106ª edição,
Cap. XVII, item 7