É de suma importância
que todos nós espíritas, que tomamos parte de uma tarefa
qualquer na área da mediunidade em nossas casas espíritas,
estejamos devidamente preparados para esse sublime mister espiritual.
Primeiramente, instruídos em todos os seus
fundamentos através dos estudos sérios e aprofundados
sobre a matéria em análise, constantes da codificação
do espiritismo, mais particularmente, em O Livro dos Médiuns,
além de inúmeras outras obras de reconhecido cunho doutrinário,
trazidos ao nosso conhecimento por médiuns de grande capacidade
mediúnica e respeito no meio espírita, como Chico Xavier,
Divaldo Franco, Raul Teixeira entre outros.
Precisamos atentar para os sérios e nobres
objetivos da mediunidade para nós médiuns, pois, como
nos esclarecem os Nobres Emissários da Espiritualidade Superior,
a mediunidade é uma sagrada ferramenta colocada ao nosso dispor
pela Soberana Sabedoria do Universo, para o nosso aprimoramento espiritual
e crescimento como Ser imortal a caminho da pureza e da felicidade
que nos está reservada aguardando por nossa decisão
de empreender os necessários esforços por conquistá-la.
Somente através do adequado uso dos talentos
mediúnicos de que somos portadores, é que verdadeiramente
poderemos nos tornar úteis aos Arquitetos Divinos para realizar
as atividades da mediunidade de forma perfeita em nosso proveito próprio
e do nosso semelhante, na Seara bendita do nosso Mestre e Guia, Jesus
de Nazaré.
Para que melhor entendamos as responsabilidades que
nos estão depositadas no exercício da mediunidade com
Jesus, ouçamos a reposta de Divaldo Franco sobre o assunto.
Qual o objetivo de uma sessão mediúnica?
Divaldo - É acima de tudo
uma oportunidade de o indivíduo auto-reformar-se; de fazer
silêncio para escutar as lições dos espíritos
que nos vêm, depois da morte, chorando e sofrendo, sendo este
um meio de evitar que caiamos em seus erros. É também
esquecer a ilusão de que nós estejamos ajudando os espíritos,
uma vez que eles podem passar sem nós. No mundo dos espíritos,
as Entidades Superiores promovem trabalhos de esclarecimento e de
socorro em seu favor; nós, entretanto, necessitamos deles,
mesmo dos sofredores, porque são a lição de advertência
em nosso caminho, convidando-nos ao equilíbrio e à serenidade.
Assim, vemos que a ajuda é recíproca:
O médium é alguém que se situa
entre os dois hemisférios da vida. O membro de um labor de
socorro medianímico é alguém que deve estar sempre
às ordens dos Espíritos Superiores para os misteres
elevados.
À hora da reunião, devem-se manter,
além das atitudes sociais do equilíbrio, a serenidade,
um estado de paz interior compatível com as necessidades do
processo de sintonia, sem o que, quaisquer tentames neste campo redundarão
inócuos, senão negativos.
Depois da reunião é necessário
manter-se o mesmo ambiente agradável, porque, à hora
em que cessam os labores da incorporação, ou da psicografia,
o fenômeno objetivo externo, em si, não cessam os trabalhos
mediúnicos no mundo espiritual. Quando um paciente sai da sala
cirúrgica, o pós-operatório é tão
importante quanto a própria cirurgia. Por isso, o paciente
fica carinhosamente assistido por enfermeiros vigilantes que estão
a postos para atendê-lo em qualquer necessidade que venha a
ocorrer.
Quando termina a lide mediúnica, ali vai encerrada,
momentaneamente a tarefa dos encarnados, a fim de recomeçá-la,
logo mais, no instante em que ele penetre a esfera do sono, para prosseguir
sob outro aspecto ajudando os que ficaram de ser atendidos e não
puderam, por uma ou outra razão. Então, convém
que, ao terminar a reunião mediúnica seja mantida a
psicosfera agradável em que as conversas sejam edificantes.
Pode-se e deve-se fazer uma análise do trabalho realizado,
um estudo, um cotejo no campo das comunicações e depois
uma verificação da produtividade; tudo isto em clima
salutar de fraternidade objetivando dirimir futuras inquietações
e problemas Outros”.
Assim sendo, irmão e amigos, estejamos preparados
sempre que nos apresentarmos aos amigos Celestes para juntos participarmos
de tarefas tão dignas, de forma a contribuir com o nosso melhor,
na construção da paz e da luz nos nossos caminhos, enquanto
estamos usufruindo da presente oportunidade que Deus por amor e bondade
nos concedeu.