Os neurologistas e estudiosos da mente afirmam que apesar de tão
popular, a psicanálise não se encaixa
mais com o que sabemos hoje sobre o funcionamento do cérebro
e também pelo fato dela ter-se fechado para as experiências
religiosas e místicas, limitou-a, tornando-se insuficiente.
Grande parte dos distúrbios mentais estão
ligados a uma causa orgânica e como exemplo podemos
citar a esquizofrenia, que apresenta um déficit anatômico
no córtex pré-front.
O neurologista americano, Jonathan Pincus, afirma que
"psicopatas sem recuperação são frutos de
danos neurológicos, doenças mentais, e traumas de abusos
sexuais na infância. Visto que todos nossos sentimentos são
emitidos pelo cérebro, estando o cérebro danificado, a
capacidade de sentir remorso também fica danificada. Até
sabem que estão errados, mas não conseguem sentir que
estão errados".
Esse conhecido clichê "Freud explica", do século
XX não corresponde mais as necessidades do psique humano do século
XXI.
“Se como indivíduos somos produtos do meio, somos também
produtos de uma época, e como tal, muda de tempo em tempo e pode
até mesmo variar de cultura para cultura", diz Silvio Carvalho
(Prof. Psicologia Social da UFF).
O ambiente, como sabemos, é sempre fator ponderável na
vida de cada ser. Cada um viverá daquilo que cultiva. Quem se
oferece diariamente a tristeza, nela se movimentará. Quem enaltece
a enfermidade, sofrer-lhe-á os danos. Quando há compreensão
recíproca, amor fraterno, viveremos na antecâmara da ventura
celestial. Mas se permanecermos no desentendimento, falta de amor, maldade,
teremos o inferno vivo. É a lei natural de causa e efeito. Em
detrimento do divã, muitas pessoas procuram alívio para
o sofrimento da alma em psicoterapias não freudianas, entre outras
a Gestalt, o existencialismo, a teoria
comportamental, filosofias orientais e a redescoberta
da própria espiritualidade.
O neurocientista Renato Sabatini (UNICAMP) diz que
"Não há nenhuma base científica que sustente
a psicanálise. Se funciona, não é pela validade
de suas teorias, mas pelo efeito de alivio que a exteriorização
causa através da fala no tratamento de distúrbio da mente.”
Suzan Andrews, monja de meditação, comenta
que a psicologia ocidental tem pouco mais de duzentos anos, enquanto
a psicologia oriental estuda a mente há cercade sete mil anos.
Procurar a origem da infelicidade humana, com base apenas nesta vida,
é a maior limitação para a psicanálise .
Para os orientais, boa parte do que você é nesta vida é
produto também de varias reencarnações. "É
nisto que acreditam os espíritas, os budistas, e outras doutrinas
espiritistas".
"Não adianta ficar procurando a origem do sofrimento psíquico
apenas no inconsciente como faz a psicanálise ou numa origem
orgânica como dizem os neurologistas," (Luiz A. Batista,
Prof. Psicologia Social UFF).
É provável, quanto necessário, que psicanalistas,
neurocientistas e espiritualistas, trabalharão lado a lado brevemente.
Não está provado que a genética
seja responsável na predisposição para o comportamento
criminoso ou determinado tipo de conduta, embora o espermatozóide
possa nascer com predisposição genética para determinada
doença. Filmes e jogos eletrônicos violentos não
incentivam atos de violência desde que o individuo não
seja vulnerável , porque uma pessoa normal não pode ser
induzida a determinada conduta.
A genética sempre teve seu mau nome diante das tragédias
que causou desde o século passado, com idéias de que o
talento estivesse nos genes, que a inteligência poderia ser hereditária,
com a degeneração da raça, eugenia, que a Alemanha
nazista até se notabilizou com isso etc...
Os elementos hereditários podem se encontrar
na cor dos cabelos, da pele, dos olhos, da estrutura física e
morfológica. Quanto às questões envolvendo saúde,
inteligência, vitalidade, o reencarnante tenderá a aproveitar
os elementos genéticos compatíveis às suas necessidades
e compromissos Moraes.
O cientista alemão Volkar Weiss diz: "As influências
genéticas do intelecto existem mas estão mergulhadas na
interação entre genes, psicologia e desenvolvimento. Não
são diretas, nem irreversíveis, nem inescapáveis,
nem inevitáveis," concluindo que os genes só apontam
tendências interagindo com o ambiente, sem impor destinos inexoráveis.
Diante de toda essa crítica, o escritor americano John
Horgan , autor de "A mente desconhecida", conclui
que Freud ainda não está morto. Se os modelos da psicanálise
são deficientes, a neurologia também estaria longe, muito
longe, de desvendar o maior mistério da ciência: A Mente
Humana. Para aumentar a felicidade dos que sofrem, vale o que funciona.
Artigo originalmente publicado no IPV - Informativo
Peixinho Vermelho - nº 54 - Abril de 2003 - C.E. Seareiros de Jesu)
Fonte:
http://www.ieja.org
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