.* Paulo Jácomo Negro
Jr - Visiting Associate - Clinical Neuroendocrine Branch/NIMH/NIH
- Fellow - American Psychoanalytical Association -
Mestre em Psiquiatria - Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo,
Pós-Graduando - Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo.
** Mario Rodrigues Louzã Neto
- Doutor em Medicina pela Universidade de Wurzburg, Alemanha -
Médico Assistente e Coordenador do PROJESQ - Projeto Esquizofrenia
- do Instituto de Psiquiatria do
Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
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Os dados preliminares deste estudo foram apresentados
no Congresso da Associação de Psiquiatria Norte-Americana
em San Diego (Negro Jr., PJ, Louzã Neto, MR. The Nature of Dissociation:
A Transcultural Study on Dissociative Experiences Related to Religious
Practices, Maio 1997). A análise estatística completa
do estudo (com a inclusão de mais 39 indivíduos) está
sendo processada, porém os dados preliminares devem ser de interesse
dos colegas no Brasil (e deverá incluir também Adam Kay
e Paula Palladino-Negro como autores).
(trecho)
O Transtorno Dissociativo de Identidade
caracteriza-se pela presença de duas ou mais identidades distintas
ou estados de personalidade que repetidamente tomam controle do comportamento
do indivíduo, acompanhadas por uma incapacidade de lembrar de
informações pessoais importantes, muito extensas para
ser explicadas pelo esquecimento comum. A mudança de nome do
transtorno de MPD para DID no DSM-IV se deu na tentativa de evitar a
reificação da existência das personalidades através
do diagnóstico, ainda que esta seja a experiência subjetiva
do paciente.
Mas o quanto da DID é decorrente da iatrogenia de terapeutas
que "acreditam" na existência do transtorno e terminam
por induzir o processo dissociativo em seus pacientes através
de processos hipnóticos e reforços sociais? Esta é
uma questão importante, fonte de intensa controvérsia
na literatura. Em um lado, alinham-se aqueles que propõem a existência
de transtornos dissociativos dentro de um modelo de trauma psicológico
(Putnam, 1997), enquanto que outros pesquisadores defendem a hipótese
da teoria sociocognitiva da dissociação.
Fonte: Psychiatry On-line Brazil (2)
Dezembro 1997
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