
Como o acaso não existe,
no vocabulário espírita, tudo na reencarnação,
acontece sob a égide de Deus (fig.1-gráfico
anexo), o Senhor da Vida. Sendo esta programada, os Espíritos
Superiores atuariam como construtores ou geneticistas, no fluxo
da vida (Fig.1, em azul), selecionando
o óvulo e o espermatozóide, na formação
do ovo, que em última análise, originará
aproximadamente os 70 trilhões de células do corpo
físico; sempre que possível, o Espírito
reencarnante colabora em ação conjunta nessa iniciativa.
"Se temos um piloto de fórmula 1, é preciso
um carro de fórmula 1"; se a determinação
era para pianista ou cirurgião, o corpo físico
não deverá apresentar defeito genético
nas mãos, por exemplo, e que poderia acontecer se a fecundação
fosse aleatória. De "Missionários
da Luz" (1), extraímos:
"(...) passou a examinar
os mapas cromossômicos, com a assistência dos
construtores presentes. (...) examinando a geografia dos genes
nas estruturas cromossômicas a fim de certificar-me
até que ponto poderemos colaborar (...), com recursos
magnéticos para organização das propriedades
hereditárias.(...)" Prossegue o orientador:
"- Mentalize os primórdios da condição
fetal, formando em sua mente o modelo adequado."
Solicitada a natureza das provas
pelo reencarnante, ou estabelecidas as expiações,
os Espíritos Superiores a tudo estão atentos,
na execução do projeto de recorporificação.
Até mesmo nas reencarnações compulsórias,
o Espírito reencarnante, mesmo não colaborando
no processo, tem conhecimento do programa estabelecido, por
mais relutante que esteja, porque "ninguém penetra
num educandário, para estágio mais ou menos longo,
sem finalidade específica e sem conhecimento dos estatutos
a que deve obedecer." , ainda em "Missionários
da Luz" (1).
"O grau de comando dos Espíritos Superiores,
neste processo reencarnatório, é inversamente
proporcional ao estágio evolutivo do Espírito."(1)
Ficará este conhecimento, como outros, de posse do Espírito
e arquivado no seu perispírito por ocasião da
reencarnação, a ser utilizado como intuição.
Estabelecem-se fortíssimos compromissos, talvez os maiores
que possam assumir os Espíritos, entre os pais e o Espírito
reencarnante e vice-versa, cujo cumprimento é fundamental
para que se concretize a reencarnação, revigorando-se
assim laços preexistentes, estabelecendo-se novos ou
reparando-se outros. A quebra deste protocolo, terá repercussões
importantíssimas sobre os compromissados Espíritos
envolvidos no processo. Colaboram ainda, os Espíritos
simpáticos e às vezes procuram interferir negativamente
os Espíritos inferiores, de acordo com a possibilidade
das sintonias, na reencarnação que se apresenta
redentora para o seu desafeto.
Na realidade nós somos o que fomos, encontrando-se gravados
no nosso perispírito, todas as vivências e experiências
pregressas, a se transmitir através do modelo organizador
biológico, ao novo corpo físico, não como
uma fatalidade, mas como um ponto de partida, podendo ser modificada,
na decorrência do que realizarmos de positivo ou negativo,
na edificação da nossa proposta reencarnatória.
"(...) Essa Energética
Espiritual, resultado de vivências e experiências
incontáveis, com suas emissões vibratórias,
apresentam zonas intermediárias (perispirituais) até
desembocarem nos genes... por onde as sugestões, informações,
diretrizes, enfim todo o quadro de nossa herança espiritual
tivesse possibilidade de expressões nas regiões
cromossômicas da herança física."
(2)
Nos genes, estão as moléculas
de DNA, situando-se particularmente no núcleo das células(99,5%)
e no citoplasma (DNA mitocondrial-0,5 %), que comandam a síntese
das proteínas e a atividade celular, sem as quais não
haveria vida, e que são mais importantes componentes
plásticos do que energéticos, do corpo físico.
No DNA está implantado o nosso "relógio
biológico"(8),
gatilho de todas as doenças genéticas (natureza,
tempo de surgimento, duração, gravidade, periodicidade),
além dos caracteres e deficiências físicas.
Acrescenta Hermínio Miranda,
(3):
"O Dr. Jorge Andréa
chega a admitir que o espírito possa estar presente
e influir na seleção do espermatozóide
que vai disparar o mecanismo de fecundação e
conseqüente gestação. Naturalmente que
para isso é necessário que o espírito
tenha condições evolutivas e de conhecimentos
bastante satisfatórias, pois há renascimentos
regidos por leis emergenciais, em cujo processo pouco participa
conscientemente o reencarnante. É certo, porém
que a presença do espírito ou, pelo menos, sua
imantação ao feto é vital ao desenrolar
o processo, dado que é seu perispírito que traz
as matrizes cármicas que entram como componente decisivo
na formação do corpo físico, interagindo
com mecanismos puramente genéticos."
Não seríamos coerentes,
se admitíssemos que só as células sexuais
masculinas fossem selecionáveis, entre os 200 000 000
à 500 000 000 de espermatozóides (por ejaculação),
que se propõem a fecundar o óvulo. Entrementes,
ao completarem a sua formação os ovários
contém de 300 000 à 400 000 folículos,
cada um deles contendo um ovócito primário, e
durante a vida da mulher, apenas cerca de 300 deles consegue
atingir a maturação (4),
sendo que os outros vão sofrer involução
e regredir, sem progredir para óvulo. Portanto aqueles
ovócitos são selecionáveis, no processo
de maturação para a ovulação. Aceita
a proposição de que os espermatozóides
são escolhidos, não há porque negar que
os óvulos também o são. Existiria pois
um óvulo selecionado que chega, para um espermatozóide
também pinçado pela espiritualidade, que irá
alcança-lo. Não fora assim e haveria uma seleção
para o espermatozóide e um acaso, para o óvulo.
Desta maneira se dá a fecundação, formando-se
o ovo ou zigoto, e o início da vida física e da
ligação espiritual, quando existe um Espírito
designado, e já pois fixado por seu cordão fluídico,
caminhando o ovo e, o Espírito com seu sonho reencarnatório
"dolorosamente conquistado e insistentemente solicitado"
(5), em busca da nidificação
no útero materno, preparado "carinhosamente"
para recebe-lo na sua majestade, intensificando-se os laços
perispiríticos com o corpo físico, (6)
quase completamente ao nascimento e finalizando-se até
aos sete anos de idade, aproximadamente. "A união
começa na concepção, mas só se completa
por ocasião do nascimento."(7).
"A diferença é sutil, mas interessante de
considerar: ele não está encarnado, mas ligado,
da concepção ao nascimento." (8)
Concomitantemente, os movimentos
vibratórios do perispírito vão diminuindo
e restringindo ocasionando a obnubilação da memória
e "um véu cada vez mais espesso envolve a alma
e apaga-lhe as radiações interiores."
(6).
Esta maravilhosa construção encarnatória,
realizada pelos Espíritos Superiores, é uma concessão
da bondade, da misericórdia e da justiça divina,
"demonstrando que a vida é uma realidade, antes
da nossa organização biológica."
(9)
Albert Einstein, ao analisar que
a fecundação e o desenvolvimento do ovo, violavam
todas as regras da Termodinâmica, assim se pronunciou:
"Posso afirmar que o Universo não explica o
Universo e a matéria não se explica a si mesma.
Fora do Universo e independente dele, existe um poder pensante
e atuante, que é responsável pela aglutinação
das moléculas, no campo da energia material."
, e conclui:
"A ciência sem
religião é capenga e a religião sem ciência
é cega." (9)
O Espiritismo nos mostra a grandeza
desse elo entre a genética e a reencarnação,
entre a Ciência e a Religião.