Almas divinas! entrai em corpos mortais; ide começar uma
nova carreira. Eis aqui todos os destinos da vida. Escolhei livremente.
Se for má, não acuseis por isso a Deus.
Platão
428-347 a.C
in República
O homem vem, através dos tempos, procurando o seu desenvolvimento,
porém, a maioria ainda caminha tão materializada que
não consegue enxergar além da matéria conhecida.
Ao longo dos tempos, grandes espíritos reencarnaram
na Terra para ampliar a visão humana, mas foram poucos aqueles
que compreenderam a maneira de enxergar melhor e poucos os que usaram
essa visão para o bem da humanidade.
Dentre esses grandes Espíritos, Moisés
foi um que desenvolveu leis, através do auxílio divino,
modificando costumes prejudiciais ao relacionamento homem com Deus
e homem com seu semelhante.
Sócrates, lendo a frase
"homem conhece-te a ti mesmo", no templo de Delfos, a
compreendeu, a usou, a desenvolveu e a difundiu.
Jesus, com sua brandura, ensinou
o homem a amar a Deus e ao seu próximo como a si mesmo, dizendo
que estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas.
Além disso, ensinou-nos a sermos perfeitos
como o Pai Celestial, mostrando que, conhecendo a verdade, o homem
se livra das amarras da ignorância deixando o caminho livre
para a sua subida evolutiva. Mostrou também, de forma taxativa,
que isso é conseguido através do processo da reencarnação,
dizendo que é preciso nascer de novo, além de outros
ensinos importantes que o homem pode utilizar para o seu crescimento
espiritual.
O tempo continuou e vieram outras criaturas mostrar
que o Homem não está só no Universo e é
só acordar para ver.
Porém, o homem, sonolento, orgulhoso e prepotente
não quer abrir os olhos. Assim, tropeça, bate a cabeça
e se machuca em qualquer obstáculo que se põe em seu
caminho. Todavia, a Providência Divina insiste em acordá-lo
e ampliar sua visão para que não se machuque mais.
Foi para tanto que no século XIX, fenômenos
espirituais surgem por toda parte de forma insistente: pancadas
e ruídos nas paredes, mesas que giram e que se suspendem,
que batem em letras para formar frases, etc.
Denizard Hippolyte León Rivail –
nome conforme certidão de nascimento – convidado a
comparecer em sessão onde mesas giravam e outros fenômenos
ocorriam, vendo que não havia truques passou a observar e
a estudar tais fenômenos, e não contente com isso concluiu
que esses fenômenos eram provocados nada mais nada menos por
seres que viveram na Terra e que agora faziam parte do outro mundo,
ou seja: tinham feito sua passagem pela Terra fisicamente e após
a morte física passaram para o outro lado da vida –
aquela que é espiritual e eterna – e começou
a inquirí-los buscando aprofundar seus conhecimentos.
Estudou os fenômenos seriamente, colheu provas
e, através de respostas dadas às suas perguntas, foi
organizando todo o material colhido e codificando os ensinos dados
por esses seres.
Assim, a 18 de abril de 1857, com o pseudônimo
de Allan Kardec (nome sugerido por um Espírito que tinha
sido seu amigo em uma encarnação pregressa, nas Gálias,
como druida), faz o lançamento para iluminar e ampliar a
visão de toda a humanidade de o "O LIVRO DOS ESPÍRITOS".
Conforme o dizer de José Herculano Pires,
"com o lançamento de o “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”
raiou para a humanidade a Era Espírita".