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(trecho inicial)
Aspectos científicos da mediunidade
e a necessária instrução política para os
trabalhos mediúnicos entre os espíritas
1) Relação histórica da mediunidade como efeito
físico comprovado
A relação metafísica na vida humana remonta milhares
de anos no passado. Quando os primeiros primatas predecessores do homo
sapiens sapiens surgiram sobre a terra, sua ligação com
o "eu" dimensional, extra-físico, já era uma
característica pertinente numa mente bastante rudimentar. A imaginação
só pode ser exercida com o emprego da fantasia experimentada,
isto é, cultos e características míticas dotadas
de intenções capazes de evocar o recôndito do invisível.
A evolução do espírito humano está relacionado
às suas diferentes etapas evolutivas pregadas por Charles Darwin
na teoria evolucionista.
Diferentes espécies, como os Ramaphitecos, Australophitecos,
Neanderthal e Cro-Magnon, para citar alguns exemplos, existiram e deram
sua contribuição biológica até o aparecimento
do humano como único membro dessa ancestralidade. Com o advento
da agricultura e a sedentarização, a estruturação
tribal e cultural (religião, hierarquia e clãs), o ser
humano passou a concentrar melhor sua ligação com o invisível
desconhecido. As ervas naturais utilizadas como remédios, a melhoria
do corpo do guerreiro para a guerra, a cópula da procriação
e as previsões do Xamã foram as técnicas iniciais
para trazer os mortos ao mundo dos vivos. Muitos ao partir, continuaram
a cuidar dos animais e plantas, outros dos minerais e das águas,
como guardiães da ordem e do equilíbrio na natureza. Freqüentemente
eram trazidas pelos pajés – os rituais e o xamanismo politeísta
das etnias africanas e americanas – , encontram seu paralelo na
busca da resposta: era preciso encontrar no princípio imaterial
a junção certa na conduta individual e coletiva. A divindade
estava materializada através do sol e da lua, expoentes máximos
de beleza e mistério. É a partir desta fase, que a vida
humana passa a ter contornos diferenciados na sua relação
existencial, modificando a forma de pensar com experiências curiosas,
resultando na linguagem desconhecida nas gravuras estranhas e incontestáveis
dos curas tribais. Portanto, como podemos ver, o desenvolvimento da
mediunidade – uma capacidade psico-física – transcende
períodos imemoriais e é puramente orgânica. Não
é fruto do intelecto mental, mas pode ser melhorada por este.
E só através dele, adquire uma dimensão reguladora
e auxiliar dos problemas universais. Mas não basta apenas o controle
e a investigação necessária se não houver
o desenvolvimento moral necessário. O espírito só
alcança o estágio ideal quando exerce duas funções:
moral e intelectual. Em diferentes sociedades, sempre foi difícil
estabelecer essas duas virtudes, embora ainda sejam imaturas no planeta.
Uma prova disso é o desenvolvimento tecnológico utilizado
para a guerra. O homem sempre guerreou para sobreviver, sempre desempenhou
conduta opressiva sobre seu semelhante. Sua vida é resultado
da luta. A luta pela sobrevivência ganhou contornos que envolvem
o domínio. Os Estados geográficos definidos surgem através
da posse – e posteriormente das armas. Dominar outro ser humano
requer a Arte da Guerra, como previra Maquiavel, mas não é
a característica adequada aos homens de bem, pois suas medidas
deflagram resultados inesperados: a destruição.
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