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Conteúdo resumido
No presente volume, J. Herculano
Pires faz uma minuciosa análise crítica da mistifidadora
obra Os Quatro Evangelhos, de J. B. Roustaing. Essa obra, que foi denominada
“A revelação da revelação” é
um extenso e emaranhado conjunto de dissertações, algumas
copiadas das obras de Kardec e outras propondo teorias estranhas sobre
a personalidade de Jesus, além de outras afirma-ções
duvidosas e contraditórias.
As teorias do Roustanguismo acabaram influenciando os pró-prios
dirigentes da Federação Espírita Brasileira, em
cujo estatu-to foi determinado que para participar da diretoria dessa
institui-ção era obrigatória a confissão
de aceitação das teorias roustain-guistas.
Herculano demonstra, enfim, a fragilidade do movimento es-pírita
brasileiro, cujo excesso de religiosismo leva muitos adep-tos à
aceitação, sem uma análise racional, de todo tipo
de “novidade” doutrinária.
O Verbo e a Carne
“O verbo se fez carne
e habitou entre nós...”
João, 1:14
No seu leito de libertação,
pouco antes de abandonar o casulo do corpo e voar para o Além,
Júlio Abreu Filho conversava comigo e Jorge Rizzini sobre questões
doutrinárias. Surgindo o problema do Roustainguismo, lembrei
o seu trabalho a respeito e a necessidade de reeditá-lo. Júlio
entusiasmou-se com a idéia e incumbiu-me de tratar do assunto.
Estava presente uma de suas filhas, a Sra. Ceres Nogueira Abreu Sacchetta,
esposa de meu amigo e colega de imprensa Hermínio Sacchetta.
Falei a Júlio da necessidade de uma
revisão do texto e acrés-cimo de notas explicativas. Ele
me autorizou a fazer o que fosse necessário, pois compreendia
a exigência de atualização. Mas ao reler o trabalho
de Júlio vi que era necessário fazer um pouco mais. Esse
trabalho é polêmico e seguiu os rumos determinados pelas
circunstâncias. Embora muito valioso, particularmente pelos dados
que o informam, devia ser amparado por um esforço de análise
metódica. Pensei numa introdução, mas o assunto
exigiu mais do que eu pensava. Fui levado a escrever um pequeno livro,
que é uma introdução analítica ao livro
de Júlio. Assim, achei melhor que ambos figurassem num volume
único, sob um título geral.
A escolha do título “O
Verbo e a Carne” foi determinada pelo profundo significado
do versículo 14, capítulo I do Evangelho de João:
“O Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio
de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória
como do unigênito do Pai”. Na polêmica entre
kardecistas e roustainguis-tas esse versículo é pacífico,
pois o Roustainguismo também aceita a encarnação
do Verbo, embora condicionando-a ao dogma da encarnação
fluídica. Assim, o título evangélico
não implicava nenhuma afirmação a priori, nenhuma
antecipação de conclusões.
Por outro lado, a relação
entre o Verbo e a Carne envolve questões fundamentais do Cristianismo,
amplamente desenvolvi-das pelo Espiritismo. Este volume não trata
especificamente dessas questões, mas são elas, sem dúvida,
o ponto central dos dois trabalhos, o meu e o de Júlio. Nenhum
título os unificaria melhor. Muita gente pensa que a questão
do Roustainguismo deve ser posta de lado. Essa é uma atitude
cômoda, mas não corresponde às exigências
da boa compreensão doutrinária. Espero que o nosso trabalho
– o meu e o de Júlio Abreu Filho – concorra para
melhor entendimento do problema.
São Paulo, 21 de novembro de 1972.
José Herculano Pires
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