Se a cura física não
produzir uma profunda mudança espiritual no indivíduo
de nada valeu ser curado (1). Ele
não entendeu, nem atingiu, os objetivos específicos
da aula, que a doença planejou para ele. Não passou
na prova.
A incredulidade é uma das provas mais difíceis,
que o espírito encarnado tem que resolver, no planeta Terra.
O objetivo é formulado com verbos que pertencem aos níveis
mais altos do domínio cognitivo. Por problemas graves anteriores,
há os que nascem sem a intuição natural da
existência de Deus. Deve adquiri-la através de esforço
pessoal.
A pessoa pode até fazer cirurgia com um médico desencarnado
materializado e, depois, ainda ficar em dúvida se, realmente,
ela aconteceu e se a alma (espírito) é realmente
imortal. Não explicará, mas achará, que foi
uma cura pós-alucinação, apesar do registro
fotográfico e exame posterior histopatológico, de
sua peça cirúrgica.
Recentemente escrevi texto (2) para
rediscutir o tema acima. Nele, lembrei outros conteúdos
existentes na cura-aula, lecionada por Jesus, dos 10 leprosos.
Um espírito-médico, que se materializava para aliviar
doentes, resolveu oferecer aula prática, para alunos de
medicina espiritual.
Através do médium Gilberto Arruda, o espírito
Dr. Frederick von Stein fez uma cirurgia cardíaca,
sem hemorragia “significativa” e ainda sem utilizar
instrumentos cortantes e anestesia convencional.
Stein troca uma válvula mitral cardíaca, com afecção
congênita, por uma nova, “construída”
durante o procedimento. “Trocou o pneu do carro andando”.
O paciente, que também médico, apresentava quadro
clínico conhecido como “asma cardíaca”.
Para que não restasse dúvida, o espírito
convoca, para junto de si, dois cirurgiões (Ronaldo Luiz
Gazzola e Paulo Cesar Fructuoso), um cardiologista (Luiz Augusto
de Queiroz) e um anestesista (José Carlos Campos). O espírito-médico
concordou ainda que a peça fosse para exame histopatológico,
o que foi realizado por dois patologistas experientes. Os experientes
médicos encarnados tiveram uma tempestade cerebral (3).
Dr. Fructuoso diz:
“o que presenciei abalaria
o mais tenaz e resistente dos espíritos. Mesmo hoje,
passados tantos anos, custa-me acreditar que o episódio
incrível tenha realmente ocorrido.”
Será que alguém irá pensar que eram quatro
tolos numa alucinação coletiva, ocorrida longe dos
médicos patologistas, que receberam a peça para
o exame histopatológico?
Posteriormente, no livro, ainda doaram os direitos autorais ao
Educandário Social Lar de Frei Luiz.
Num texto (2) havia comentado que,
com as pesquisas de Kardec, poderia nos dias de hoje questionar
o destino daqueles 10 espíritos, na época de Jesus,
hospedados em corpos físicos leprosos.
Um dos leprosos voltou para agradecer e deu seu testemunho.
O que esses médicos deveriam fazer com os casos, onde foram
testemunhas técnicas ou mesmo “asmático”
paciente?
“O Espiritismo solicita
uma espécie permanente de caridade – a de sua própria
divulgação”.
O testemunho é fundamental?
Por isso, o leitor pode conhecer detalhes deste caso e, ainda,
de outros, no livro organizado por Fructuoso (3).
Alguns procuram o Espiritismo, ou mesmo médiuns não
espíritas com o dom de curar. Anseiam a cura de seus corpos
perecíveis e sofridos, mas não param para refletir
sobre o que a doença está querendo lhes revelar.
Alguns, não fazem reflexão, mesmo depois da cura
física. Seus comportamentos posteriores acabam revelando
a inexistência da cura espiritual.
“A Ciência propriamente
dita tem por objeto o estudo das leis do princípio material,
o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das
leis do princípio espiritual”.
O dom de educar é dom de curar.
Educadores, os estudiosos da Ética Espírita, da
Medicina Espiritual, são profissionais de saúde
da alma, ainda pouco valorizados no início do terceiro
milênio. Mas, isso vai mudar.