“Prudentes sabem tirar proveito dos
atos que a necessidade os constrangeu.”(1)
Só a Educação pode ensinar a tomar decisões!
(2)
Pela primeira vez os brasileiros sabem os nomes de seus Ministros,
Estado e STF; Presidentes, da Câmara e do Senado.(1)
Já não temos mais a cultura de que “política
e religião” não se discutem e que “a
fé não pode ser raciocinada”. No entanto,
chegar à consciência lúcida demandará
tempo.
Todos, da noite para o dia, se tornaram Microbiologistas, Imunologistas
e Infectologistas, assim como especialistas em Clonagem. Lembram
da experiência do Dr. Albieri, na novela o Clone?
Na época, fiz uma síntese para os universitários
do NEU-Fundão. Veja.
A memória das células
diferenciadas de mamíferos é reversível.
Assim, a célula somática de Lucas foi induzida,
"in vitro", em cultura, a este estado de quiescência,
perdendo a memória da sua diferenciação.
Retornando a totipotência comportou-se, após a
fusão, como uma célula germinativa. Em outras
palavras. Albieri retirou um ovócito, óvulo imaturo,
das trompas da uma mulher-Deusa pouco depois da ovulação.
Arrancou o núcleo da célula feminina que é
o local onde existe a contribuição de tinta da
mulher para pintar o quadro do novo ser. O que restou foi apenas
a tela para a pintura. A seguir pegou o núcleo de uma
célula isolada de Lucas ("pintor" ou "doador",
nesse caso não consentido) onde está o manual
de instruções (DNA) para se pintar um novo Lucas.
Vamos relembrar que a célula (de Lucas) tinha sido submetida
à regressão de memória a idades bem infantis
(quiescência) e se sentiu germinativa. "Sentiu-se"
porque, sob o ponto de vista ontogênico, não pode
ser assim considerada. Estamos diante de um fenômeno cientificamente
ainda não esclarecido.
Nestas circunstâncias é como se o núcleo
entrasse num estado de transe "hipnóticoquímico"
revendo toda a sua vida pregressa ou programação,
podendo a partir daí tornar a expressá-la. O núcleo,
da célula de Lucas, que é da raça branca,
foi transplantado para o citoplasma do óvulo (tela ainda
não pintada). Aí, ele pode acionar todo o seu
código genético. Depois de algumas divisões
celulares, Albieri as colocou no útero da mulher de raça
negra e sadia e aguardou o trabalho da natureza.
Clone-Leo não poderia nascer moreninho, pois a contribuição
feminina foi só de suporte (tela) para a linha completa
de instruções codificadas pelo genoma da célula
de Lucas. Albieri sabia que o seu produto não teria problemas
em termos de preconceito racial. Assim Lucas (a célula
doadora) e o clone-Leo são gêmeos idênticos
com idades diferentes. A cópia xerox foi feita noutra
máquina alguns anos depois. (3)
Retornando à Microbiologia-Infectologia, lembro que um
dos primos do bacilo da tuberculose, o Mycobacterium smegmatis
pode ser encontrado com frequência na glande do pênis.
No entanto, a pesquisa avançada no Google não o
encontra nas infecções da vulva.
Por outro lado, na difteria(4) já
perdemos uma adolescente fazendo soroterapia e antibióticos(5),
num hospital universitário. Lembremos que este micróbio
é sensível a uma dezena de quimioterápicos.
(6,7,8)
A bactéria tentou nos enganar fermentando a sacarose, mas,
ela não sabia, que tínhamos um detector de mentiras
para micróbios(9), mas o tempo
e a resistência baixa da jovem não nos permitiu “virar
o jogo”. Hoje, apesar de tudo, acredito que temos tempo
para ganhar a partida contra o COVID 19. Devemos tentar o gol,
até o último segundo. Vale gol de barriga, pura
“sorte”. Não existe gol feio. Feio é
não marcar o gol, dizia o Mestre Dadá.(10)
O povo brasileiro está se sentindo, nos dias de hoje, como
especialista em doenças infecciosas, assim como todos são
técnicos da seleção brasileira de futebol.
Senso comum opina sobre infecção e resistência,
quase sempre esquecendo que a doença é diretamente
proporcional a virulência do “bandido”, mas
inversamente proporcional à resistência do hospedeiro.
Vejam a resposta que dei a uma amiga preocupada com o COVID-19.
Disse-lhe que entendo a preocupação.
Quando minha primeira filha nasceu eu estava fazendo curso de
Virologia na pósgraduação e fui apresentado
pessoalmente ao vírus da Poliomielite. Tomava banho de
“álcool gel iodado” antes de voltar
para casa.
Hoje, médica, trabalha na “linha de frente”
no hospital e eu, com quase oitenta anos, em prisão domiciliar,
sem poder fazer nada, apenas escrevo. Os bandidos estão
soltos.
Com precaução ninguém morre antes da hora.
Só quando a morte vem de cima, por divino decreto, encontra
o micróbio como seu agente secreto.
Como vivi entre os micróbios na universidade, a amiga vai
dizer que para mim é fácil.
Não, não é, pois sofro de hipertensão
e ainda sou chegado a asma. Não pude abraçar minha
filha e a netinha caçula jogou beijos do carro e chorando.
Apesar disso, “ficar em casa” é conduta adequada,
para a maioria das cidades brasileiras e de modo particular, para
as que possuem maior população. Isso não
é o mesmo que egoisticamente torcer pela vitória
do micróbio contra a economia, só para “me
dar bem politicamente, no futuro.”
Uma conduta não pode ser negligenciada, separar avós
e netos. Para uns será expiação, para outros
prova. Espíritas sabem que os laços são eternos
e apertam cada vez mais esses laços. Conto meu segredo
de resiliência. Meu avô fez o grande investimento
e deixou-me como herança a Doutrina Espírita. Esse
exemplo de avô acabou me arrastando. Por isso, escrevo para
futuros bisnetos. Afinal, “ninguém acende uma candeia
para pô-la debaixo do alqueire.” (9).
Uai, obrigado mineirinho!
*
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Leia mais
1..https://www.diariodobrasil.org/bolsonaro-tem-um-royal-straight-flush-e-apostoutodas-as-fichas-no-brasil/
2. https://www.recantodasletras.com.br/mensagensdeamor/2049550
3. http://www.portalespirito.com/neurj/diferente.htm
4. Formiga, LCD. 1999. Corynebacterium. In Microbiologia. Atheneu,
p. 177-185.
5. Guaraldi, ALM & Formiga, LCD. 1998. Bacteriological properties
of a sucrose fermenting Corynebacteriae diphtheriae strain isolated
from a case of endocarditis. Current Microbiology, 37 (3): 156-158.
6. Silva, A.C.P.; Formiga, L.C.D.; Silveira, M.H.; Suassuna, I.
1969. La accion de la gentamicina sobre bacilos diftéricos.
Symposium Latino-Americano sobre infecciones y gentamicina."
Estela " S.A. México, D.F. pag., 171-174.
7. Suassuna, I.; Salazar, H.C.; Pinheiro, J.; Silva, A.P.S.; Borges,
W.S.; Silveira, M.H. & Formiga, L.C.D. 1969. Valoracion de
gentamicina em el tratamiento de enfermidades infecciosas. Symposium
Latino-Americano sobre infecciones y gentamicina. " Estela
" S.A. México, D.F. pag., 189-202.
8. Formiga, L.C.D.; Silva, A.C.P.; Pinheiro, C.A.R.; Assumpção,
R.L.; Silveira, M.H.; Serpa, C.E.V. & Suassuna, I. 1971. Estudo
" in vitro " sobre a sensibilidade do Corynebacterium
diphtheriae a treze antibióticos. Rev. Microbiol. (SP),
2: 117-127. : 117-127.
9. Formiga, LCD. 1983. Um detector de mentiras para micróbios.
Ciência Hoje, 2 (8):14.
10. http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/F_autores_FORMIGA_Luiz_textos/FORMIGA_
Luiz_tit_Educacao_na_idade_dourada.htm
11. https://www.kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/887/o-evangelho-segundooespiritismo/2621/capitulo-xxiv-nao-ponhais-a-candeia-debaixo-do-alqueire/candeia-sob-oalqueire-por-que-fala-jesus-por-parabolas.