Resumo:
O presente artigo teve o objetivo
de estudar como a obra Kardeciana trata os cretinos e idiotas.
À luz da ciência atual, tais termos são usados
para se referir a pessoas com deficiência intelectual, enquanto
que para a época de Kardec se entendia que tais pessoas
eram consideradas incapazes de aprender algo. Quando Kardec questiona
a causa da deficiência intelectual, do ponto de vista espiritual,
se depara com o questionamento das causas das aflições,
em que o efeito precede sempre a causa, ou seja, se esta não
se encontra na vida atual, há de ser anterior a essa vida.
A Revista Espírita traz
dois exemplos de pessoas com deficiência intelectual que
tiveram seus Espíritos evocados para fins de estudo, que
servem para exemplificar as causas anteriores das aflições.
O primeiro caso se refere a um jovem considerado idiota, cuja
causa estava na sua última encarnação, em
que ele era um jovem que tinha se entregado exclusivamente aos
prazeres do corpo físico. O segundo caso se trata de uma
comunicação estabelecida pelo Espírito Pierre
Jouty, em que fala da situação espiritual dos cretinos.
Para tal Espírito, a condição de cretino
é frequentemente escolhida pelos Espíritos arrependidos,
que querem resgatar suas faltas, uma vez que essa prova não
é estéril, porque o Espírito não fica
estacionário na prisão da carne.
Para o autor, a marcha do progresso
é a condição determinada da Humanidade, uma
vez que as provas impostas às criaturas modificar-se-ão
século a século e, assim, tornar-se-ão todas
morais. Por fim, São Luís reafirma o que foi dito
em O Evangelho Segundo o Espiritismo, que as provas e expiações
que todos passam na Terra, por mais dolorosas e difíceis,
são sempre úteis ao adiantamento do Espírito.
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