Há dez anos, no dia 30 de
junho de 2002, partia para o mundo espiritual o médium espírita
Francisco Cândido Xavier. Com a idade de 92 anos, dos quais
75 anos dedicados a tarefas espíritas, Chico Xavier completou
uma existência de dedicação ao bem.
Nas duas cidades em que residiu
fundou centros espíritas e empreendeu inúmeras tarefas
de assistência à população carente e
ao diuturno atendimento espiritual às pessoas que o procuravam
sedentas de consolo, esclarecimento e orientação espiritual,
inclusive, milhares de famílias, carregando a dor da perda
de familiares, dando origem às chamadas cartas familiares
e centenas delas foram agrupadas em livros.
Pela sua psicografia -, Chico Xavier
foi intermediário para a elaboração de 450
livros, sendo autores ou co-autores milhares de espíritos.
Neste mês de julho transcorrem efemérides significativas
relacionadas com a vida de Chico Xavier e com a história
do Espiritismo. No dia 8 de julho completa-se os 85 anos da primeira
psicografia do então jovem médium, pois contava apenas
17 anos de idade. No mesmo mês, transcorrem aniversários
de lançamentos de duas importantes obras psicográficas:
80 anos da obra inaugural “Parnaso de Além Túmulo”
e 70 anos do romance histórico “Paulo e Estêvão”.
Este seu primeiro livro, poemas de conhecidos autores portugueses
e brasileiros, suscitou manifestações favoráveis
de membros da Academia Brasileira de Letras e da imprensa da época.
O Conselho Espírita Internacional tem editado livros mediúnicos
de Chico Xavier em sete idiomas.
A Federação Espírita
Brasileira tem promovido o seminário alusivo à sua
obra prima: “Os trabalhadores espíritas e os primeiros
cristãos, à luz da obra Paulo e Estêvão“,
pelo país e em sua sede.
A vida e obra de Chico Xavier tem
sido transformada em filmes e uma nova película será
lançada no dia 31 de agosto, em cinemas de todo o Brasil:
“E A Vida Continua…” É baseado no livro
de mesmo título, de autoria do Espírito André
Luiz. Aliás, o livro citado já foi adaptado para novela
– “A Viagem”, exibida duas vezes, pela antiga
TV Tupi e pela TV Globo.
Chico Xavier, mesmo com toda a projeção
de sua mediunidade e de sua obra, sempre se manteve simples, humilde,
atencioso e desprendido. No ano de 1977, quando se comemorava os
50 anos de seus labores mediúnicos ele declarou em uma das
entrevistas: “Sou sempre um Chico Xavier lutando para criar
um Chico Xavier renovado em Jesus e, pelo que vejo, está
muito longe de aparecer como espero e preciso…” (Perri
de Carvalho, Chico Xavier – O homem e a obra. São Paulo:
Ed. USE, 1997).
Uma década após sua
desencarnação Chico Xavier é uma referência
nacional, como exemplo de dedicação ao esclarecimento
espiritual, ao bem e à paz.